Finanças

Qual o tamanho da sua dívida?

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(Shutterstock)

Ao longo da minha experiência como educador financeiro, pude perceber que há uma confusão em relação ao conceito de endividamento. Muitas pessoas não compreendem que pagar no crédito (para pagar na próxima data de vencimento), parcelar ou fazer uma caderneta em açougue ou mercado para pagar no final do mês, por exemplo, também são maneiras de fazer dívidas.

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Portanto, não está endividado somente aquele que pega empréstimo, usa o limite do cheque especial ou faz financiamento. E, a partir disso, cabe a pergunta: qual o real tamanho da sua dívida? Boa parte dos endividados, por medo de encarar, não sabem a verdade e não conseguem sair dessa situação, deixando que se transforme em um círculo vicioso.

A não capacidade de comprar à vista atinge boa parte dos consumidores e isso é consequência da falta de educação financeira. Muitos ainda questionam: “mas, se a pessoa cumpre com esse compromisso, não haverá problemas”. Grande erro; pois a pessoa que paga tudo o que compra, está sim honrando com os seus compromissos, mas está sempre no limite, na “linha da navalha”, o que quer dizer que, qualquer imprevisto – como perda de emprego – pode causar sérias consequências.

A orientação que sempre dou é, primeiramente, ter ciência da real situação financeira em que se encontra. Saiba exatamente quais são as dívidas que possui, o valor de cada uma e as condições de pagamento. E, antes de sair se enrolando para pagar, faça um diagnóstico financeiro, para saber como pode fazer para diminuir as despesas, fazendo sobrar dinheiro para destiná-lo às dívidas. Só então deverá procurar o credor, a fim de tentar renegociar o valor.

Nada é impossível, basta ter cautela, colocar os pés no chão, encarar a realidade e se planejar. Outro aspecto importante é parar de culpar o cartão de crédito, os bancos, o sistema e o governo; é hora de assumir a responsabilidade e buscar educar-se financeiramente, pois só a partir de uma mudança de comportamento é que se pode evitar a inadimplência, sair do endividamento e até começar a utilizar a seu favor o que, hoje, parece um inimigo à saúde financeira.

Por isso, alfabetizar financeiramente o consumidor brasileiro passa a ser determinante para o futuro de nosso país, caso contrário, teremos uma população endividada de forma não sustentável, o que pode levar até mesmo à falência.

Importante: As opiniões contidas neste texto são do autor do blog e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney.

fonte: infomoney