Finanças

Mudanças governamentais: como fica o investidor?

Mulher investimentos

(Shutterstock)

Com o início do governo provisório de Michel Temer, economistas fazem projeções sobre quais os melhores investimentos para o período, muitas vezes, com posicionamentos destoantes. Como educador financeiro, também acho relevante expressar minha opinião sobre o tema, assim, afirmo que o momento é de pulverização.

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Lógico que, quando afirmo isso, não estou me referindo aos grandes investidores que possuem fluxo de caixa para arriscar em um jogo de altos e baixos do mercado financeiro. Estou tratando com o investidor comum, ou pequeno investidor, cujo o dinheiro que possui para esse fim faz grande diferença no seu cotidiano.

Esse tipo não pode arriscar e, como vivemos em um momento de incertezas, é preciso cuidado. Recomendo a utilização da regra dos 20% para quem possui uma boa quantidade para aplicação (acima de R$1.000,00), isto é, dividir o dinheiro em cinco, distribuindo esses valores em linhas como poupança, tesouro direto, previdência privada, ações, CDB, dentre outros que possa achar interessante.

Muitos desses investimentos não necessitam nem mesmo de um especialista para auxiliar, mas, para outros, é importante. Essa pulverização não fará com que perca investimento, pois cada linha possui caraterísticas distintas (rentabilidade, tempo, tributação e risco). Quando aplicamos em uma única linha, caso tenhamos um problema nessa linha, perderemos grandes quantidades do investido.

Contudo, com a pulverização, minimizamos riscos e mantemos uma boa rentabilidade. Pode pensar que esse é um pensamento conservador, e realmente é, contudo, é condizente com o período de incertezas, no qual nem mesmo os mais conceituados economistas estão se arriscando a projeções precisas.

Para quem possui valores menores para investimentos (cerca de R$500,00), recomendo que a pulverização seja em menores linhas, assim, pode direcionar 50% para a poupança e outros 50% para previdência privada ou tesouro direto, por exemplo.

Alerto ainda para que o direcionamento desses valores se faça de acordo com os sonhos e objetivos que a pessoa tem para curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo prazo (acima de dez anos). Para os de até um ano, é interessante aplicar em caderneta de poupança, pois, quando necessitar, terá a disponibilidade de retirar sem pagar taxas, imposto de renda ou perder rendimentos. Outra boa opção é o Tesouro Direto.

Já o investimento para médio prazo são aqueles que não precisamos imediatamente, mas conseguimos visualizar a utilização em um período não tão longo. São interessantes linhas que tenham prazos pré-estabelecidos no período do objetivo, dentre as opções recomendo Tesouro Direto, CDB, Fundo de Investimentos e ouro. Neste caso, o melhor é pesquisar em pelo menos três instituições financeiras de grande porte.

O de longo prazo faz com que muitos desanimem antes mesmo de começar. Mas ressalto que, seja qual for o seu objetivo, ele é factível de ser realizado; é preciso perseverança, disciplina e começar imediatamente. Para este investimento, aconselho Tesouro Direto, previdência privada, e ações. No caso desta última, o melhor é buscar auxílio de especialistas e investir no máximo 20% do dinheiro total com essa finalidade, porque o risco é grande, uma vez que depende do desempenho da empresa na qual se está investindo.

Importante: As opiniões contidas neste texto são do autor do blog e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney.

fonte: infomoney