Notícias

Secretário do Tesouro diz que não há discussão sobre revisão da meta fiscal

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, voltou a repetir nesta segunda-feira (11) que não há dentro do governo discussão sobre revisão na meta fiscal, de déficit primário zero. Durante o Fórum Político, promovido pela XP nesta segunda-feira (11), ele reafirmou que objetivo é buscar cumprir o que está previsto no arcabouço fiscal. “O objetivo vai ser atingir o resultado dentro da banda”, disse.

Ceron afirmou ainda que, se forem identificadas necessidades de contingenciamento, elas serão feitas. “Se o resultado primário não for possível, terá contingenciamento. Mas o plano A é o cumprimento da meta”, repetiu.

Ele fez um balanço positivo do ano, destacando que as metas colocadas no começo do ano, de avançar com um novo marco fiscal e encaminhar uma reforma tributária foram atingidas. “Estamos avançando (na reforma), com boas perspectivas de aprovação e promulgação ainda em 2023. Isso muda o panorama fiscal e dá maior previsibilidade”, comentou.

Ele disse ainda que o Congresso Nacional tem reconhecido importância da pauta econômica e de como ela é importante para o Brasil. “Isso tem avançado. No ano que vem, tem agendas que serão polêmicas, mas junto com o Judiciário muitas coisas precisam ser discutidas para ter mais previsibilidade do ponto de vista fiscal e que afetam a produtividade no longo prazo”, afirmou.

Segundo Ceron, sempre há espaço para o aprimoramento das políticas públicas e bom planejamento sinaliza boas perspectiva ao combate de falhas e equívocos que trazem impacto fiscal. Ele elogiou o trabalho da Secretaria de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas, comandada por Sergio Firpo. “Tem uma agenda importante para aprimorar a eficiência do gasto”, disse.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

Ele confirmou que para ser anunciada até o final da semana uma proposta alternativa à desoneração da folha salarial de empresas, mas que não podia dar mais detalhes.

Sobre a gestão da dívida, ele elogiou o trabalho da equipe de técnicos do Tesouro Nacional, que souberam não adicionar volatilidade em momentos difíceis neste ano.  “Tivemos um fato relevante, que foi a primeira emissão externa de bonds sustentáveis, um trabalho intenso ao longo do ano para se viabilizar”, lembrou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para ilustra a dificuldade de encontrar o momento certo para formalizar a emissão, ele lembrou que estava tudo pronto quando houve uma piora no mercado externo. “Perdemos a janela, aguardamos e, quando abriu novamente, acabamos escolhendo um momento propício e fizemos uma emissão muito competitiva.” O spread, destacou, foi comparável ao de um país com grau de investimento, como o México. “Foi um momento importante, uma sinalização muito positiva para quem está lá fora.”

Precatórios

Sobre a recente decisão do STF para que o governo faça a quitação dos precatórios, ele elogiou a busca de um caminho para resolver o problema. “No mundo real, não tinha tanta alternativa. Do ponto de vista fiscal, a decisão do STF exige menos do Tesouro do que a outra”, comentou

Ele destacou que o processo de geração de precatório vai ser reduzido ao longo do tempo e tende a se acomodar. “Não tem grandes teses no horizonte para gerar precatórios. Isso é um problema resolvido e tira uma série de externalidades que afetavam a economia, principalmente do ponto de vista reputacional”, explicou.

A expectativa, segundo ele, é que ao menos 98% dos pagamentos sejas feitos até a semana posterior ao Natal, sobrando apenas algum resíduo que pode ser operacionalmente mais difícil de resolver ainda este ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fonte