Por que escolas devem oferecer educação financeira em 2016?
A qualidade da educação em nosso país sempre está em pauta, mas quase nunca de maneira positiva. Portanto, é interessante ressaltar ações que fazem a diferença e podem ainda servir como inspiração para que outras boas ideias surjam, levando nossa educação para um patamar cada vez mais elevado.
Um exemplo é o projeto da Metlife, em parceria com a Vila Sésamo e a DSOP Educação Financeira, de promover uma mudança positiva de comportamento de longa duração em relação ao empoderamento financeiro, entre crianças de 3 a 6 anos e seus familiares, por meio de escolas públicas formais e espaços de educação não formais.
Os encontros, palestras e atividades já iniciaram em 11 escolas públicas de Recife, 13 de São Paulo e 10 de Belo Horizonte, atingindo 922, 1431 e 1101 crianças, respectivamente.
Em tempos de crise, alta do dólar e aumento de juros e taxas, somado à falta de educação financeira da população como um todo, o resultado pode ser a uma situação ainda pior em curto, mésio e longo prazo. Por isso, as instituições de ensino têm um papel fundamental para reverter o cenário, e isso só é possível começando pela base, ou seja, educando as crianças.
Essa é a maneira mais eficaz também porque atinge um público mais amplo de uma só vez: crianças, jovens e adultos (corpo docente, pais/responsáveis e comunidade), que recebem a oportunidade de aprender como utilizar e administrar os recursos financeiros.
Hoje, a realidade nos mostra que a nova geração está cada vez mais exposta ao consumismo exacerbado. Por isso, é imprescindível que esses jovens aprendam a lidar adequadamente com o dinheiro, realizando sonhos e combatendo vários problemas pelos quais atravessam – até mesmo a criminalidade.
Nesse caso do projeto da Metlife, são com escolas públicas, no entanto, a educação financeira é imprescindível para qualquer classe social. Tanto que, quase 1000 escolas particulares em todo o país também inserem educação financeira em sua grade curricular.
Alguns motivos para as escolas adotarem um programa de educação financeira:
- O crescimento e o desenvolvimento de uma sociedade dependem também de educar financeiramente os cidadãos, ensiná-los a controlar seus recursos e respeitar seu orçamento;
- Mais do que instruir sobre como administrar seus bens, a educação financeira promove uma mudança de comportamento e de velhos hábitos com relação ao uso do dinheiro;
- Para mudar a situação dos endividados, somente com educação financeira, que deve ser ensinada, especialmente, nas escolas (do Ensino Infantil ao Médio), pois o que as crianças e jovens aprendem no colégio levam para dentro de casa, contaminando os pais e familiares com esses princípios;
- Tem-se muita informação sobre macroeconomia; no entanto, quando se trata de microeconomia, pouco se sabe;
- Um dos postos-chaves é a questão de poupar. Guardar dinheiro é a prática que permite a realização dos sonhos, que é outro tema que não recebe a importância que merece;
- A educação financeira dialoga diretamente com os conteúdos das disciplinas formais ensinadas nas escolas;
- Com a linguagem adequada para cada faixa etária, é possível mostrar aos alunos como lidar com as finanças do dia a dia, se planejar, poupar para os sonhos e conquistar a independência financeira;
- As escolas que adotaram a educação financeira em currículo relatam não apenas benefícios para os alunos, como nos pais e professores;
- Há também os benefícios para a própria escola, que, além de se destacar no mercado por oferecer um ensino diferenciado, pode ter a inadimplência reduzida ao estender o ensinamento para os pais.
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fonte: infomoney