O que acontece se Pagar Metade da Fatura do Cartão de Crédito?
O cartão de crédito é uma forma que os consumidores tem para comprar o que desejam sem desembolsar o dinheiro imediatamente, e até de parcelar algum produto cujo montante a vista seja muito caro. Isso facilita a vida de muitas pessoas, pois proporcionam que elas consigam adquirir um produto de forma mais imediata, o que não seria possível caso não tivessem como meio de pagamento o cartão de crédito. Porém, a fatura do cartão pode ser maior do que esperada, devido a falta de planejamento, ou algum outro imprevisto pode acontecer, fazendo com que a fatura não seja paga integralmente.
Caso a pessoa pague o valor mínimo ou metade da fatura do cartão de crédito, o valor restante entrará no rotativo e será acrescido de juros e sofrerá cobrança de IOF. Isso porque o valor que não foi pago será como um empréstimo tomado, o que será estendido para o cliente até o pagamento da próxima fatura. Antes de 3 de abril de 2017 o cliente podia estender o rotativo por vários meses, pagando apenas parte da fatura. Agora, porém, ele pode utilizar o rotativo uma vez, e depois terá que negociar sua dívida com um parcelamento automático.
Entendendo o Rotativo
Quando a fatura vem mais alta do que esperado, o cliente tem a opção de parcela-la ou então pagar parte, igual ou acima do mínimo, e entrar no rotativo. O rotativo é um crédito tomado pelo cliente quando ele paga valor inferior ao total da parcela. O rotativo fica em vigor por 30 períodos, até que haja a cobrança de uma nova fatura ao cliente.
Caso o indivíduo opte por pagar metade do cartão de crédito, é na modalidade do rotativo que ele irá encaixar. Porém, isso é muito perigoso, pois os juros do rotativo são altos, e podem levar a pessoa a se endividar ainda mais. Para evitar este tipo de situação, em abril de 2017 o Banco Central determinou que o rotativo pode ser utilizado somente uma vez para a fatura, não podendo esta linha de crédito ser prolongada. Leia o objetivo do Banco Central abaixo:
“No âmbito da Agenda BC+, pilar “Crédito mais barato”, o BC adotou, no início de 2017, novas regras para as operações do cartão de crédito rotativo. As medidas tiveram como objetivo tornar o uso do cartão de crédito mais eficiente e mais barato, tendo em vista, principalmente, a contínua rolagem observada nos pagamentos de faturas, sem horizonte determinado para término dos empréstimos; a elevação dos custos das operações; e o elevado nível de inadimplência associado à modalidade.”
Neste mesmo documento, que analisa os impactos gerados pela mudança na regulação sobre cartões de crédito, podemos ver que: “O impacto mais visível das medidas pode ser verificado sobre o custo de financiamento das operações no cartão de crédito. Entre março e dezembro de 2017, a taxa média de juros na modalidade de cartão de crédito rotativo regular recuou de 14,9% a.m. para 10,6% a.m.”
É importante que o consumidor sempre fique atento aos juros cobrados. Isso porque existem outras opções, como concessão de crédito por outras operadoras com juros menores para quitar a dívida ou mesmo o parcelamento. Independente do meio escolhido, o consumidor deve estar sempre atento para escolher uma opção que não lhe dê transtornos. Quando o consumidor compra nacionalmente, ele não sofre encargos de IOF. Porém, caso o valor integral da fatura não seja pago, sofrem-se estes encargos, que é 0,0082% por dia até o valor integral ser cobrado.
Por exemplo, como pode-se ver neste link, no caso do banco Santander, se um cliente gastar R$1.000,00 no cartão de crédito, seu pagamento mínimo será de R$150,00. Optando por pagar o mínimo, o cliente fica com um saldo devedor de R$850,00. Como dito, caso você faça isso, sofrerá juros do crédito rotativo e também a incidência do IOF.
Seguindo o exemplo acima, o cliente pagará cerca de R$50,00 do crédito rotativo, mais o valor pendente de R$850,00 e os valores das novas compras que foram realizadas no mês. Por isso, o cliente deve ter ciência de como esta modalidade de crédito funciona, pois sofre diversos encargos.
É muito importante que as pessoas se planejem para que não cheguem no nível de precisar parcelas os gastos ou pagar apenas parte. Pode-se reservar uma parte do crédito do seu cartão para gastos não essenciais, como jantares, roupas, etc. A outra parte fica reservada para gastos essenciais. Lembrando que, o crédito do cartão não está ali para que você o utilize inteiramente. Faça suas contas e veja quanto por mês é possível gastar sem que, no final, fique comprometido, com dívidas pendentes.
Não se esqueça de utilizar um tabela ou até mesmo anotar seus gastos mensalmente para que tenha noção de quanto é fixo por mês. Depois calcule a margem que pode ser gasta com coisas a mais. Assim, sempre será fácil de controlar seus gastos.
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fonte: contaembanco