Finanças

Era dos aumentos: como proteger o dinheiro?

Economia brasileira - Bloomberg

(Dado Galdieri)

Com economia instável e tantos aumentos ocorrendo – taxas, impostos, juros, inflação –, a confiança da população fica abalada. Um exemplo que tem preocupado é o aumento do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA). Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,84%, a maior desde novembro de 2003. O valor está bem acima do limite máximo da meta do governo.

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Nesse cenário, o mais comum é vermos pessoas desesperadas com as contas, tomando decisões que podem prejudicar ainda mais as finanças. O momento é sim de preocupação, no entanto, é preciso ter cautela, analisar a situação e ter atitudes conscientes, para que não resolva apenas pontualmente e acabe trazendo problemas no futuro.

É aí que a educação financeira se mostra tão importante para a população. Infelizmente, nossos avós, pais e nem nós mesmos tivemos a oportunidade de aprender sobre esse assunto em casa ou na escola. Entretanto, atualmente, mais de 1500 escolas já adotam um programa de educação financeira, ensinando alunos no Ensino Infantil ao Médio a como lidar com o dinheiro, formando uma sociedade mais sustentável.

E uma das coisas que se aprende com a educação financeira é ser preventivo. Com planejamento, é possível se programar mesmo para o inesperado. Por exemplo, boa parte da população foi pega de surpresa com essa onda de aumentos. Mas, se as pessoas fossem educadas financeiramente, embora também tivessem que se ajustar à nova realidade, teriam conseguido isso com mais facilidade, pois refletiriam sobre os gastos, cortariam os excedentes e supérfluos e redirecionariam esses pequenos valores, não sentindo tanto impacto.

Para fazer isso, veja algumas recomendações:

– Faça um bom diagnóstico financeiro, sabendo exatamente para onde vai cada centavo do seu dinheiro;

– Analise o diagnóstico, veja com o que está gastando mais e busque reduzir ou até eliminar;

– Descubra quais contas sofreram aumento e utilize o dinheiro economizado nos excessos e supérfluos para cobrir a diferença;

– E, claro, procure economizar especialmente nas contas que tiveram aumento.

Além disso, com educação financeira, faríamos algo que todos deveriam fazer, mas ainda não possuem o hábito: reserva financeira. Assim como guardamos o dinheiro para realizar alguns sonhos e objetivos, também devemos separar um valor desse nosso salário ou ganho mensal para constituir uma reserva, exatamente para momentos atípicos, como a perda do emprego, algum problema de saúde ou, como nesse caso, aumentos expressivos de taxas e tarifas e economia instável.

Importante: As opiniões contidas neste texto são do autor do blog e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney.

fonte: infomoney