Como Descobrir quem Enviou um TED ou DOC?
O DOC e o TED são formas de se realizar trâmites de dinheiro. Estas transações podem ser feitas de forma identificada ou não-identificada, e cabe ao remetente optar se irá colocar o seu nome na operação. É recomendado que sempre esteja discriminado quem enviou o dinheiro, para que não haja confusões ou dúvidas da origem da quantia. Porém, nem sempre isso acontece, e o indivíduo pode se deparar com uma transferência desconhecida feita para sua conta.
Para descobrir quem transferiu o dinheiro para sua conta consulte seu extrato nos diversos canais de atendimento. Cada banco ou canal de atendimento como internet, aplicativo, auto atendimento ou extrato impresso podem trazer informações diferentes em relação ao TED ou DOC recebido. Isso acontece por limitações de caracteres ou mesmo por políticas do banco.
Se não houver informações suficientes no extrato bancário, será necessário procurar o seu banco. Essas informações podem não estar disponível para você, mas seu gerente bancário poderá identificar o CPF ou CNPJ da conta da qual o dinheiro se origina. Lembre-se que, caso a pessoa tenha cometido um engano na operação e queira o estorno da quantia, você pode ser acusado de apropriação de bem alheio, caso tenha gastado o dinheiro. Confira abaixo mais sobre esta situação.
Lidando TED e DOC desconhecidos
É imprescindível que sempre tenhamos controle sobre nossa vida financeira, quais são os valores que irão cair em nossa conta e de onde eles vêm. Isso nos auxiliar a identificar operações indevidas, como transferências que não deveriam cair em nossas contas. Deste modo, não paira uma dúvida acerca do dinheiro, se ele deveria ou não estar ali.
Muitas pessoas, ao se depararem com TEDs e DOCs desconhecidos, sacam o dinheiro e o gastam rapidamente, aproveitando a oportunidade. Isso não é recomendado ou legal, pois é uma infração da lei. As pessoas que transferem o dinheiro errado, seja por alguma informação incorreta, geralmente vão atrás dos bancos para repararem este erro o mais rápido possível.
Então, caso você tenha visto a transferência e tenha sacado o valor, a fim de gasta-lo, o banco terá tudo isto registrado. Pode ser aberto um processo de apropriação de bem alheio, como descrito no Art. 168 do Código Penal:
Art. 168 – Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1º – A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
I – em depósito necessário;
II – na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
III – em razão de ofício, emprego ou profissão.
Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
[..]
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza
Por isso, quando identificar um valor indevido na sua conta, procure imediatamente identificar os dados do remetente, seja pelos aplicativos ou Internet Banking. Caso não seja possível, pergunte aos seus familiares mais próximos se eles enviaram o dinheiro, caso isso seja costume. Esclarecido que a quantia realmente foi uma transação feita por engano ou sem modo algum de identificação, procure a agência mais próxima ou seu gerente de conta.
Explique o ocorrido o mais rápido possível. Mesmo que não tenha a identificação do remetente no extrato bancário, estará discriminado se foi um TED ou DOC. Caso for um TED, ele foi realizado no mesmo dia útil. Se foi um DOC, o dinheiro pode ter sido enviado até 48 horas antes. Ou seja, este é outro parâmetro para se atentar. Caso observe que um TED foi creditado em sua conta, ligue no mesmo dia para a Central de Atendimentos, se possível, e anote o número de protocolo da ligação.
O seu gerente irá ter acesso ao sistema e poderá identificar o CPF ou CNPJ da conta que enviou o dinheiro, por TED ou DOC. Caso ele não consiga, é importante pedir que ele assine um documento comprovando que você procurou esclarecer a situação e devolver o dinheiro, faça também um boletim de ocorrência e registre tudo em cartório. Isso evita que seja processado e sofra consequências graves, caso alguém tente reaver o dinheiro depois.
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fonte: contaembanco