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Bolsonaro e Lula travam guerra de versões sobre manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600

Líderes nas pesquisas de intenção de voto das eleições presidenciais de outubro, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva travaram neste sábado uma guerra de versões sobre a continuidade do pagamento de R$ 600 do programa Auxílio Brasil em 2023, durante transmissões ao vivo na internet.

Participando do podcast “Cara a Tapa”, o presidente Bolsonaro foi alertado pela produção do programa, ao vivo, que, pouco antes, o ex-presidente Lula havia dito, em uma live, com o deputado federal André Janones (Avante-MG), que o governo Jair Bolsonaro acabaria com o atual valor do Auxílio Brasil no final do ano.

Ao ser confrontado pelo apresentador do podcast, Rica Perrone, Bolsonaro negou, ressaltando que o atual benefício é três vezes maior do que o Bolsa Família, programa anterior, e que ele seguirá, “com responsabilidade fiscal”.

“O que eu já conversei com o Paulo Guedes, que eu não falo nada sem conversar com ele, sem conversar com o respectivo ministro: ‘PG, dá pra manter esses 600 a mais no ano que vem?’ Ele falou que dá, se fizer isso, isso e isso…”, disse o presidente, reafirmando: “Vai ser mantido os 600 reais de auxílio emergencial no ano que vem”.

Pouco antes, Lula afirmou que Bolsonaro havia feito uma “bobagem”, durante a elaboração da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que institui o estado de emergência e, em seguida, elevou o valor do Auxílio Brasil.

“Na verdade o que ele (Bolsonaro) colocou é que o auxílio emergencial ia sair de 400 reais para 600 reais até dezembro. Isso é o que está na lei, que foi aprovado…”, disse Lula, acrescentando: “Se ele quisesse que continuasse (o benefício de R$ 600), ele (Bolsonaro) não teria feito só até dezembro; ou fizesse sem dia para acabar”.

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