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Bolsas mundiais e petróleo têm queda, ouro sobe conforme preocupações bancárias persistem; ação do Credit Suisse volta a cair

O humor do investidor permanecia frágil nesta sexta-feira (17), derrubando os principais índices de ações europeus e de Wall Street e levando os preços do ouro a seu nível mais alto desde abril, a caminho de sua maior valorização semanal em quatro meses.

Em uma crise que começou com o colapso do Silicon Valley Bank, com sede nos Estados Unidos, na última sexta-feira, os investidores perderam a confiança nos bancos regionais dos Estados Unidos e no Credit Suisse, da Europa.

O apetite por risco diminuiu nesta sexta-feira, depois de mostrar sinais de recuperação na quinta. O presidente-executivo do Credit Suisse disse nesta sexta que o banco está trabalhando duro para conter as saídas de clientes, embora isso possa levar tempo.

Um rebaixamento dos ratings e um processo judicial nos EUA anunciados na quinta-feira compensaram parte do alívio decorrente da linha de liquidez de emergência que a instituição garantiu do banco central suíço na véspera.

A ação do Credit Suisse recuava mais de 10% após dois dias de fortes oscilações, que viram suas ações subirem 20% na quinta-feira, após uma queda de 24% na quarta-feira, quando seu maior investidor disse que não seria capaz de aumentar sua participação. A volatilidade permanece alta.

Analistas dizem que as preocupações com uma possível crise bancária estão longe de terminar, apesar de um grupo de grandes bancos ter injetado US$ 30 bilhões em depósitos no First Republic Bank, um banco norte-americano de médio porte, na quinta-feira.

Às 12:12 (de Brasília), o índice S&P 500 perdia 1,14%, a 3.914,94 pontos, enquanto o Dow Jones caía 1,29%, a 31.832,07 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuava 0,87%, a 11.615,49 pontos.

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O índice pan-europeu STOXX 600 caía 1,43%, a 435,32 pontos.

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No mercado de câmbio, o índice do dólar -que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,30%, a 104,080.

O euro tinha alta de 0,30%, a US$ 1,0637, que ao mesmo tempo cedia 1,31%, a 131,97 ienes.

A libra apreciava 0,35%, a US$ 1,2149, que por sua vez perdia 0,19%, a 0,9273 franco suíço.

O dólar australiano, muitas vezes tido como uma “proxy” de demanda por risco, valorizava-se 0,45%, a US$ 0,6684.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos – referência global para decisões de investimento – caía 18,20 pontos-base, a 3,4006%.

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O yield do Treasury de dois anos – que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo– tinha queda de 17,80 pontos-base, a 3,9521%.

Já entre as commodities, o petróleo Brent LCOc1 recuava 3,21%, a US$ 72,30 por barril , às 12:12 (de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos (WTI) caía US$ 2,33, ou 3,41%, a US$ 66,02 por barril .

O ouro à vista ganhava 2,17%, a US$ 1.960,69 a onça troy.

(com Reuters)

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